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O presidente do Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool (Cisa), Arthur Guerra, acredita que essa conivência é justificada, em parte, porque o álcool é visto como um perigo menor do que as demais drogas. “A família fica muito mais preocupada com o consumo de drogas ilícitas, como maconha e cocaína", considerou. “São conceitos, mesmo, de que o álcool faz parte da vida, não faz mal e tem que beber desde muito cedo”, disse a pesquisadora da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad), Ilana Pinsky. “Então são aquelas festas de 15 anos, totalmente regadas a bebida alcoólica que os próprios pais fornecem e acham que estão sendo malandros fazendo isso. Alguns pais que acham que não há nada que eles possam fazer a respeito, afinal todo mundo bebe”, afirmou.

A dependência de drogas é um problema que afeta não apenas o indivíduo, mas também a sociedade como um todo. Ela pode levar a uma sensação de isolamento e solidão, afastando as pessoas de suas comunidades e relacionamentos. É fundamental que haja uma maior sensibilidade em relação aos acontecimentos contemporâneos, pois eles têm um impacto significativo em nossas vidas. A capacidade de se adaptar e enfrentar as mudanças é essencial, pois sem esforço e dedicação, nada pode ser realizado.

As autoridades competentes têm um papel importante a desempenhar na prevenção e combate ao uso de drogas, mas é igualmente importante que os indivíduos assumam a responsabilidade por suas ações e promovam mudanças positivas em suas vidas. Se as propagandas de bebidas são instigantes, é possível promover uma disciplina saudável em casa, com momentos de diálogo agradável e descontração. Muitas pessoas bebem porque se sentem sós ou para afogar suas mágoas, mas é possível encontrar alternativas mais saudáveis para lidar com esses sentimentos.

A falta de opinião formada ou a influência da moda também podem levar as pessoas a beber. No entanto, é possível criar um ambiente mais saudável e positivo, onde as pessoas se sintam conectadas e apoiadas. Isso pode ser feito trocando horas de televisão por momentos de diálogo e descontração, e promovendo atividades que fomentem a criatividade e a autoestima. Ao assumir a responsabilidade por nossas ações e promover mudanças positivas, podemos criar um futuro mais saudável e feliz para nós mesmos e para as gerações futuras. É preciso ter ânimo para as mudanças e não esperar que os outros resolvam os problemas, pois a nossa atitude é que pode promover a mudança.

A tolerância da sociedade ao consumo de álcool por adolescentes é um problema complexo que requer uma abordagem multifacetada. É necessário que os adultos sejam mais conscientes do exemplo que dão aos mais jovens e que a sociedade como um todo adote uma postura mais rigorosa em relação ao consumo de álcool por menores de idade. Somente assim podemos esperar reduzir os riscos associados ao álcool e promover um futuro mais saudável e seguro para os adolescentes. Com a colaboração de todos, podemos criar um ambiente mais seguro e saudável para que os adolescentes possam se desenvolver e crescer sem a influência negativa do álcool:

A proibição da venda de bebidas alcoólicas a menores de idade, estabelecida no Inciso 2 do Artigo 81 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é uma medida importante para proteger a saúde e o bem-estar dos adolescentes. No entanto, é lamentável que essa norma seja desrespeitada diariamente em todo o país. Em várias cidades brasileiras, como Porto Velho, Curitiba, Florianópolis, Recife, Cuiabá, São Paulo e Brasília, membros dos conselhos tutelares e especialistas admitiram que os adolescentes têm fácil acesso a bebidas alcoólicas.

Essa situação é preocupante, pois o consumo de álcool na adolescência pode ter consequências graves para a saúde física e mental dos jovens. Além disso, o álcool pode aumentar o risco de acidentes, violência e outras condutas de risco. A facilidade com que os adolescentes podem adquirir bebidas alcoólicas também reflete uma falta de fiscalização e responsabilidade por parte dos estabelecimentos comerciais e das autoridades.

É fundamental que sejam tomadas medidas eficazes para garantir o cumprimento da lei e proteger os adolescentes. Isso pode incluir a realização de campanhas de conscientização, a fiscalização regular dos estabelecimentos comerciais e a aplicação de sanções aos que descumprem a lei. Além disso, é importante que os pais, educadores e comunidade em geral estejam envolvidos na prevenção do consumo de álcool entre os adolescentes. Somente através de uma ação conjunta e coordenada é que podemos garantir que os adolescentes sejam protegidos e tenham um futuro saudável e seguro. A sociedade deve se mobilizar para exigir o cumprimento da lei e garantir que os direitos dos adolescentes sejam respeitados.


A questão do consumo de álcool por adolescentes é um tema que tem gerado grande debate e preocupação em nossa sociedade. De acordo com o juiz da Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, Renato Rodovalho, o problema ocorre porque a sociedade tolera que os adolescentes bebam. Essa afirmação nos leva a refletir sobre a relação entre a conduta dos adultos e a influência que eles exercem sobre os mais jovens.

Existe uma tolerância de padrão de conduta, como afirma o juiz, que se reflete na forma como os adultos lidam com o consumo de álcool. Muitas vezes, o álcool é visto como uma substância inofensiva, e seu consumo é normalizado em diversas ocasiões sociais. No entanto, essa visão pode ser perigosa, especialmente quando se trata de adolescentes. Uma vez que os adultos já se acostumaram com a bebida, há uma tendência natural de que os adolescentes sigam o mesmo caminho.

Além disso, a exposição dos adolescentes ao consumo de álcool pode ocorrer de diversas maneiras. Em muitos casos, os próprios pais ou responsáveis são os que oferecem álcool aos adolescentes, muitas vezes com a justificativa de que é melhor que eles aprendam a beber em casa, de forma controlada. No entanto, essa abordagem pode ser contraproducente, pois pode levar os adolescentes a acreditar que o consumo de álcool é aceitável e seguro.

Outro fator que contribui para a tolerância ao consumo de álcool por adolescentes é a falta de educação e conscientização sobre os riscos associados ao álcool. Muitas vezes, os adolescentes não têm acesso a informações precisas e confiáveis sobre os efeitos do álcool no corpo e na saúde mental. Além disso, a pressão dos pares e a busca por experiências novas e emocionais também podem levar os adolescentes a experimentar o álcool.

É importante notar que o consumo de álcool por adolescentes pode ter consequências graves e duradouras. O álcool pode afetar o desenvolvimento cerebral, aumentar o risco de acidentes e violência, e contribuir para a dependência e outros problemas de saúde. Além disso, o consumo de álcool também pode levar a comportamentos de risco, como dirigir embriagado ou praticar atividades sexuais desprotegidas.

Para mudar essa realidade, é fundamental que a sociedade como um todo adote uma abordagem mais rigorosa e consciente em relação ao consumo de álcool por adolescentes. Isso inclui a educação e a conscientização sobre os riscos do álcool, bem como a implementação de políticas e programas que visem prevenir o consumo de álcool por menores de idade. Além disso, os adultos devem ser modelos de comportamento responsável e saudável, demonstrando que o álcool não é necessário para se divertir ou socializar.